Torneios de Poker com Jeremiah Smith: Recolher Informa??o e Confiar nas suas Leituras

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Jul 22, 2009 3 min. de leitura

Era a primeira m?o numa mesa nova, e eu queria que os meus advers��rios pensassem que eu era um idiota. Esta era a estrat��gia b��sica que estava a usar durante o main event, e estava a resultar; esta primeira impress?o ia durar o tempo suficiente para os levar a fazer um erro cr��tico. Com 300 big blinds, o risco que corria valia bem a recompensa. UTG, olhei para as cartas e vi K-3 suited.

Naturalmente, fiz raise de 2,5 vezes e recebi call do bot?o. O flop foi Q-8-2 e fiz uma c-bet de meio pote, com ideia de mostrar a m?o caso ganhasse ou de fazer fold face up caso o advers��rio fizesse raise.

Ao contr��rio do que previa, o advers��rio deu insta call. Nesse preciso momento ele deu-me toda a informa??o que necessitava para ganhar a m?o. Se ele tivesse um pocket pair ou Q-X na m?o �C demoraria mais a tomar a sua decis?o. Pelo contr��rio, a rapidez com que fez o call indicava duas coisas: ou estava em draw ou ent?o estava a fazer floating com a inten??o de me bluffar numa street seguinte. O "call r��pido = draw" �� um dos cl��ssicos do livro de Mike Caro, Caro's Book of Poker Tells.

Como me pareceu que ele tinha feito floating, planeei mandar um segundo e/ou terceiro barril, caso fosse necess��rio, para representar uma grande m?o. A ��nica m?o que ele podia ter para estar em draw seria um J-T para gutshot. Quando apareceu um A no turn, deu-me a oportunidade de definir claramente a sua m?o. Se ele estivesse a fazer floating com qualquer outra coisa que n?o fosse um A, um segundo barril bastaria para levar o pote. Se por ventura ele tivesse mesmo o A, a minha aposta faria com que ele parasse por um segundo para considerar as suas op??es. Se eu estivesse enganado �� partida, e ele me desse call com algo do tipo 7-7, uma aposta aqui faria com que eu levasse o pote, e a�� mostraria o meu K3.

Ao contr��rio de todas as previs?es, recebo mais uma vez um insta call. Normalmente n?o recomendo que se ponha um advers��rio numa determinada m?o, �� mais aconselh��vel que se pense num range de m?os e a�� se calcule a nossa equity contra cada uma delas. Contudo, neste caso a velocidade dos seus movimentos disseram-me tudo o que eu precisava de saber; ele estava mesmo em draw com J-T. Na sua mente, ele tinha ganho mais outs com o A no turn, e se ele acertasse no river muito provavelmente eu iria pagar porque tinha uma boa m?o. O river foi um inofensivo 2.

Aqui atingimos o ponto onde temos de confiar na nossa leitura. Neste momento, o meu K-high n?o �� diferente de um A-Q; s?o ambos vencedores contra a m?o em que eu pus o meu advers��rio. Com isso em mente, como se pode maximizar o valor contra um advers��rio em draw? Farei check e deixo-o bluffar? O mais seguro ser�� apostar e deixar o advers��rio foldar, mas que gra?a tem isso?

Na verdade, eu esperava um check-behind, mas ao contr��rio do que queria/previa, ele fez uma aposta grande e eu decidi tentar obter mais informa??o. Como �� que ele se parecia quando estava a fazer bluff? Ele tinha algum tell ��bvio? Comecei a falar com ele e disse-lhe que o tinha posto em J-Ts desde o flop. Fiz o call e a minha read estava correcta (agora, em vez de pensarem que eu era um idiota, a mesa n?o sabia o que pensar).

Lembrem-se que a minha ideia n?o �� induzir-vos para situa??es rid��culas onde podem dar hero calls. Sempre que tenham a informa??o que pretendem, tomem a vossa decis?o e formulem um plano para extra��rem o maior valor poss��vel da vossa m?o. N?o se amedrontem, claro que v?o errar algumas vezes, mas com o tempo v?o ver que �� +EV este tipo de atitude.

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